Melhorou, bom. Mas sem pontuar não dá

Postado por minhasmaterias | 11:16 | 0 comentários »

Por: Blog do Torcedor

Na entrevista à imprensa após a derrota, o técnico Geninho disse que o time teve uma atuação de razoável para boa e que infelizmente mais uma vez não pontuou.

Concordo com o técnico alvirrubro. O time comportou-se bem em campo, apesar do esfacelamento provocado pelos desfalques de seis ou sete titulares.

Falhas não faltaram na equipe, é verdade. Sobretudo em meados do primeiro tempo, em que o Inter, com D'Alessandro e Andrezinho, teve muita liberdade.

Mas os comentários de que o Náutico foi inteiramente dominado pelo Internacional no primeiro tempo não correspondem à realidade. Nos dez primeiros minutos, o Inter não existiu, e também melhorou depois do gol de Bruno Mineiro, aos 39.

A equipe teve a personalidade, algo que faltou no jogo contra o Coritiba, e, durante a maior parte da partida, jogou de igual para igual contra um adversário que está entre os melhores do campeonato, e que com este resultado retorna ao G4.

Poderia ter aberto o placar, com Élton, que saiu na cara do goleiro Lauro; porém o atacante foi lento demais e desperdiçou a chance. Se tivesse feito esse gol, o Náutico iria jogar uma pressão maior no adversário, que teria de se expor e dar mais espaços para os contra-ataques alvirrubros.

Não marcou esse gol, e tomou o primeiro de Alecsandro, aos 22, e foi dominado pelo Inter durante 15 minutos.

Nesse tempo, o Náutico poderia ter sofrido mais dois gols. No entanto, conseguiu chegar ao empate numa jogada de Anderson Santana que Bruno Mineiro finalizou com categoria, aos 39 minutos.

Um gol que daria uma tranquilidade maior para o time no segundo tempo, e que poderia causar uma ansiedade do time adversário. Mas que não teve esse efeito, uma vez que, aos 46 minutos, numa cobrança de falta, D'Alessandro desempatou.

Quem teve de se mexer para o segundo tempo foi o Náutico. E a mudança fez bem. Johnny entrou na vaga de Negretti. Um volante no lugar de um zagueiro. O time adiantou a marcação, reduziu os espaços para os dois meias colorados.

Nos minutos finais, inclusive, o Náutico pressionou o adversário.

"Nós vimos no final do jogo a torcida pedir para acabar. Porque o Náutico estava em cima. Nós tivemos um belo chute do Bruno. Nós tivemos um bom chute do Nílson. A cabeçada de Asprilla quase no final", disse Geninho.

O técnico, que costuma ser feliz em suas análises pós-jogo, apontou dois momentos fundamentais para o resultado. Primeiro, a chance de Élton: "Se sai na frente poderia mudar o jogo". O segundo momento foi tomar o gol no fim do primeiro tempo, quando estava em 1 x 1.

No primeiro lance, faltou qualidade ao atacante; no segundo, faltou atenção ao goleiro Glédson. Detalhes que ajudam a decidir o jogo.

Detalhes como a técnica de D'Alessandro e Andrezinho, que nem se compara à do meia Irênio. Bastava um dos dois jogando pelo Náutico para fazer um estrago.

O Náutico superou as limitações para jogar de igual para igual no segundo tempo, mas faltou a qualidade para criar chances claras de gol e convertê-las. A única finalização dentro da área do Inter foi a de Asprilla, aos 43 minutos.

No fim das contas, o time alvirrubro teve uma atuação melhor do que o esperado.

Porém, neste momento, isso não adianta se o resultado não vier.

Que o Náutico incorpore o espírito desta quarta-feira contra o Palmeiras, na próxima segunda. E que, com o retorno de Cláudio Luiz e Carlinhos Bala ao time, as duas mudanças indiscutíveis (mudanças como Anderson Santana por Michel, ou Irênio por Aílton não prometeriam muita diferença), que consiga jogar bem e, desta vez, ganhar.

As duas boas constatações desta partida foram as de que Bruno Mineiro e Rudnei devem ser titulares.

Uma outra é a de que o time não é pato morto e promete lutar até o final.

"A gente pode entrar com uma formação tática diferente contra o Palmeiras. A gente precisa vencer, então pode ser um jogo em que vamos nos arriscar", concluiu o treinador do Náutico.

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